Funeral do Papa Bento XVI - Ver Moçambique

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Funeral do Papa Bento XVI

Cerca de 50 mil pessoas assistiram hoje ao funeral do Papa emérito Bento XVI, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O presidente do Estado alemão, Frank-Walter Steinmeier e o chanceler alemão, Olaf Scholz marcaram presença no velorio.

 


Cerca de 50 mil pessoas assistiram hoje na Praça de São Pedro ao funeral do Papa emérito Bento XVI, um número abaixo das primeiras estimativas avançadas pelas autoridades, segundo dados fornecidos pela polícia local.

A polícia de Roma chegou a estimar, na quarta-feira, que cerca de 100 mil pessoas estariam presentes no funeral do Papa emérito, depois de cerca de 200 mil fiéis terem passado pela Basílica de São Pedro nos três dias em que o corpo de Bento XVI esteve em câmara ardente.

O Papa Francisco chegou às cerimónias fúnebres, que presidiu na Praça de São Pedro, numa cadeira de rodas por causa de um problema no joelho, que tem causado problemas de mobilidade ao pontífice nos últimos meses.


Após a missa fúnebre, o caixão com os restos mortais do Papa emérito foi transportado para a Cripta da Basílica de São Pedro.

Por seu desejo expresso, Bento XVI será sepultado no túmulo que pertenceu a João Paulo II, antes dos restos mortais do Papa polaco terem sido transferidos para a superfície do templo em 2011 após a sua beatificação.

O caixão foi carregado por 12 "sediários" (indivíduos que tem por função carregar a sédia gestatória do Papa). A multidão presente na Praça de São Pedro saudou o momento com um grande aplauso.


Cortejo fúnebre

Antes de entrar na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco parou alguns minutos em frente ao caixão e colocou a mão sobre este.

Os quase 130 cardeais que compareceram ao funeral também entraram na basílica para a despedida final, no momento em que os sinos de igreja de São Pedro tocaram.

Na Praça de São Pedro, alguns fiéis seguravam uma grande faixa onde se podia ler "Santo Súbito [Santo já]", um pedido que também foi feito durante o funeral do Papa João Paulo II.

O Presidente italiano, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, estavam entre as autoridades que compareceram ao funeral. O chefe de Estado alemão, Frank-Walter Steinmeier, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o Rei Filipe e a Rainha Mathilde da Bélgica, e a Rainha emérita de Espanha Sofia estavam entre os dignitários que marcaram presença na cerimónia.

A partir das 06:00 locais (05:00 em Lisboa), o acesso à Praça de São Pedro começou a ser permitido aos fiéis, que lenta e ordeiramente começaram a ocupar os seus lugares no local.

Para chegar à Praça de São Pedro foi necessário passar por controlos e um detetor de metais, o trânsito foi encerrado e todos os veículos estacionados foram retirados das ruas adjacentes ao Vaticano.

De acordo com o plano de segurança aprovado pela polícia da capital italiana, o espaço aéreo em toda a área foi encerrado e foram mobilizados vários meios, incluindo helicópteros, forças especiais, bombeiros e polícia municipal.

No total, foram mais de 1.000 agentes de segurança destacados para a cerimónia fúnebre.

Entretanto, o Vaticano não declarou luto e tudo permanecerá aberto, inclusive os Museus do Vaticano, por exemplo, já que Bento XVI não é o Papa em exercício.

Joseph Ratzinger, que foi Papa entre 2005 e 2013, nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, tornando-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.

O Papa emérito Bento XVI abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, em 11 de fevereiro de 2013, dois meses antes de comemorar oito anos no cargo.

Os abusos sexuais a menores por padres e o "Vatileaks", caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram temas que agitaram o seu pontificado.

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