O presidente da Ucrânia admitiu,
este domingo, que o país está a enfrentar uma situação muito difícil em
Bakhmut, Vuhledar e outras áreas na região de Donetsk, que está sob constantes
ataques russos. Volodymyr Zelensky afirmou que o país precisa de novas armas
para resistir aos “constantes” bombardeamentos dos russos.
O presidente ucraniano revelou
que realizou uma reunião regular, com foco na situação da linha da frente dos
combates, sobretudo em Donetsk e nas direções Sul.
“A situação é muito difícil.
Bakhmut, Vuhledar e outras áreas na região de Donetsk estão sob constantes
ataques russos. Há tentativas constantes de romper a nossa defesa. O inimigo
não contabiliza o seu povo e, apesar das inúmeras baixas, mantém uma elevada
intensidade de ataques”, disse Volodymyr Zelensky destacando as grandes baixas
registadas no exército russo, em particular perto de Bakhmut.
“A Rússia quer que a guerra se
prolongue e esgote as nossas forças. Assim, temos de fazer do tempo a nossa
arma. Temos de acelerar os abastecimentos e encontrar novas opções de armamento
para a Ucrânia”, disse de acordo com o Observador, que cita a Reuters.
Para Zelensky “isto só pode ser
combatido com uma resiliência extraordinária e um entendimento completo de que,
ao defender a região de Donetsk, os nossos guerreiros estão a defender toda a
Ucrânia. Porque cada passo do inimigo impedido ali significa dezenas de passos
impedidos dos ocupantes noutras direções. Sou grato a todas as nossas unidades
e a cada guerreiro pessoalmente que, apesar de tudo, mantém a sua posição e
repele os ataques inimigos na região de Donetsk.
Zelensky garantiu que está a ser
feito de tudo para assegurar que a pressão da Ucrânia supere a capacidade de
assalto dos ocupantes, sendo muito importante manter a dinâmica de apoio de
defesa dos parceiros internacionais.
“A velocidade do abastecimento
foi e será um dos fatores-chave nesta guerra”, destacou. “A Rússia espera
prolongar a guerra, esgotar nossas forças. Portanto, temos que fazer do tempo a
nossa arma. Devemos acelerar os eventos, acelerar o fornecimento e a abertura
de novas opções de armamento.
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