O sarampo, uma doença infecciosa e bastante contagiosa, comum na infância, ainda constitui um problema de saúde pública em Moçambique, tendo infectado mais de 90 mil pessoas, das quais 50% crianças com mais de 24 meses de idades, nos últimos sete anos. Para reduzir a incidência desta doença, bem como da rubéola, o Ministério da Saúde (MISAU), vai realizar, entre Abril e Maio próximos, em todo o país, uma campanha de vacinação abrangendo 12 milhões de crianças com idades compreendidas entre seis meses e 14 anos.
O sarampo e a rubéola são enfermidades parecidas, transmitidas de pessoa para pessoa através da tosse, dos espirros, fala ou respiração e são de fácil contágio quando as medidas de prevenção não são observadas.
Na fase inicial, os sintomas do sarampo, por exemplo, são a febre acompanhada de tosse persistente e irritação ocular. A posterior aparecem manchas avermelhadas no rosto e pode progredir para uma pneumonia, convulsões e olhar fixo, lesão cerebral e morte em caso de o doente não encaminhado ao hospital.
Nesta quarta-feira (07), Lídia Chongo, porta-voz do MISAU, disse à imprensa que, pela primeira, as autoridades vão administrar no grupo alvo a vacina combinada [contra o sarampo e a rubéola] que imuniza o vírus, sobretudo em petizes que vivem nas zonas rurais.
A campanha de vacinação vai decorrer em fases: a primeira terá lugar de 09 a 15 de Abril deste ano, nas províncias do Niassa, de Cabo Delgado, de Nampula e da Zambézia.
A segunda etapa vai decorrer de 21 a 25 de Maio em Tete, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e na cidade e província de Maputo.
Lídia Chongo justificou a realização da campanha em período diferentes com a “insuficiência de meios materiais, humanos e transporte” para cobrir todo o país.
De acordo com ela, a vacinação de petizes de seis meses a 14 anos de idade deve-se ao facto de a “vacinação de rotina não ter atingido coberturas que permitem interromper a transmissão da doença”.
Ademais, muitas crianças com mais de cinco anos podem não ter sido vacinados na infância e são susceptíveis de contrair a doença, bem como porque há necessidade de assegurar que as crianças infectadas não sejam fonte de contaminação das mais novas.
As brigadas e/ou os técnicos de saúde estrão presentes nas comunidades, escolas e unidades sanitárias, disse a responsável daquela entidade do Estado.
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