A sessão de abertura do 12º congresso da Frelimo será orientada pelo presidente do partido, Filipe Nyusi. A decorrer a partir de hoje , na cidade da Matola, Província de Maputo, o evento vai reunir duas mil pessoas para discutirem sobre temas actuais da realidade moçambicana.
Com a orientação de Filipe Nyusi, na qualidade de
Presidente da Frelimo, o partido no poder vai prosseguir com a prática
político-organizacional de realização periódica de congressos, como forma de
reflectir sobre a vida do partido e da nação. Para a Frelimo, a realização
dos congressos vai consolidando a democracia interna ao longo dos anos,
envolvendo todos os níveis de organização política: os militantes,
simpatizantes e as organizações sociais do partido, através de uma divulgação
ampla do processo de preparação. “É neste contexto que, a Frelimo sempre
priorizou a elaboração de teses, como um dos mecanismos que orienta os debates
dos principais temas da vida do partido e do país, um processo assente numa das
práticas democráticas do partido e de auscultação massiva dos anseios de todos
os moçambicanos”, lê-se no documento disponibilizado à imprensa esta
quinta-feira.
As teses que serão submetidas à discussão incluem temas
da vida nacional e internacional, a serem debatidos com o envolvimento dos
moçambicanos, do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico e no estrangeiro. Os
temas das teses, ora propostos, vão orientar a acção do partido e do Governo
nos anos subsequentes.
Considerando os desafios que a sociedade moçambicana e o
mundo enfrentam actualmente, a Frelimo espera colher sugestões e contribuições
que permitam a definição das prioridades de
desenvolvimento do país. “Com a realização dos congressos, a Frelimo
demonstra ao país e ao mundo que é um partido que pugna pela inclusão e
participação de todos os cidadãos, sem distinção da origem, raça, sexo ou
crença religiosa, no processo de desenvolvimento
socio-económico, cultural e desportivo de Moçambique”, lê-se no mesmo
documento.
Segundo disse o porta-voz da Frelimo, Caifadine Manasse, partir de hoje, os
membros da Frelimo vão debater temas como unidade nacional, processo
democrático, desenvolvimento nacional, combate à corrupção, relação entre
Moçambique e outros países africanos e do mundo inteiro e posicionamento de
Moçambique no mundo.
Caifadine Manasse lembrou que a reflexão para o 12º
congresso, na verdade, se iniciou a nível das bases. Manasse lembrou ainda que
debater temas actuais, de interesse nacional e que consideram o vasto mosaico
cultural moçambicano é tão necessário quanto imprescindível. “Nós precisamos de
nos reencontrar, como moçambicanos”. Dito isso, Manasse acrescentou, realçando
que, entre os temas tratados, os membros da Frelimo vão debater sobre o combate
à corrupção, para que os moçambicanos continuem a acreditar no desenvolvimento
do país.
As teses
O debate das teses visa
propiciar a mais ampla participação
dos membros e simpatizantes da Frelimo na construção colectiva de ideias e soluções para os assuntos políticos, sociais, económicos, culturais e desportivos com impacto na vida dos moçambicanos, evidenciando sempre o mérito da Frelimo como partido que compreende e transforma a sociedade moçambicana em função das prioridades de desenvolvimento identificadas em cada fase da história do país, e como partido que preserva apaz, a democracia e a unidade nacional
e promove a inclusão, a tolerância e o diálogo. Para o efeito, a Frelimo apresenta as seguintes propostas de teses, começando cada uma delas com uma caixa que faz a descrição sumária,seguida da indicação de alguns tópicos que poderão nortear os debates:
Tese 1: Unidade Nacional, Paz, Reconciliação e Democracia; Tese 2: Natureza e Papel do Partido na Organização do Estado e da Sociedade; Tese 3: Boa Governação, Ética, Transparência, Combate à Corrupção e Acesso à
Justiça; Tese 4: Educação, Ciência e Inovação
Tecnológica como Estratégia de Desenvolvimento; Tese 5: Desenvolvimento Económico e Social Inclusivo e Sustentável; Tese 6: Soberania, Integridade Territorial, Defesa, Segurança, Ordem Pública e Combate à Criminalidade; Tese 7: Moçambique na Região, em África e no Mundo.
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