Presidente usa discurso na Assembleia Geral da ONU para atacar a rival e pintar retrato enganador das ações do seu governo nas áreas ambientais, da saúde e de proteção das mulheres.
Embora não tenha citado Lula nominalmente, Bolsonaro abordou
casos de corrupção na Petrobras e as condenações sofridas pelo presidenciável
do PT. No entanto, ele não mencionou que o Supremo Tribunal Federal
(STF) anulou posteriormente os julgamentos de Lula e que
declarou suspeito o juiz que lidou com os processos, Sergio Moro, que viria a
se tornar ministro do governo do atual ocupante do Planalto.
"No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que
existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda
presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento
político em e desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares. O
responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade.
Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana
outro bilhão por perdas de seus acionistas. Esse é o Brasil do passado",
disse Bolsonaro.
Bolsonaro omitiu que seu
governo enfrentou vários casos de suspeita de corrupção: na compra de vacinas,
na distribuição de verbas do Ministério da Educação e na
montagem e execução do chamado "orçamento secreto", usado para
garantir apoio parlamentar.
A própria família presidencial enfrenta questionamentos sobre a compra de dezenas de imóveis em dinheiro vivo e persistentes suspeitas que envolvem desvio de salários de ex-assessores, as chamadas "rachadinhas".
O presidente também pediu o fim da guerra na Ucrânia, mas criticou as sanções à Rússia e disse que a paz deve ser alcançada exclusivamente pelo diálogo.
Bolsonaro também falou sobre defesa das mulheres e citou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a quem tem dado grande destaque em sua campanha eleitoral para tentar atrair o voto feminino — uma das fatias do eleitorado onde o presidente tem obtido resultados desfavoráveis nas pesquisas.
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