O Ministério Público deduziu acusação contra o antigo
ministro das Finanças, Manuel Chang, implicado no caso das “Dívidas não
declaradas”, num outro processo por corrupção e outros crimes, refere a
entidade em comunicado.
A nota avança que Chang é acusado de corrupção passiva para
acto ilícito, participação económica em negócio, abuso de cargo ou função e branqueamento
de capitais.
A imputação faz parte de um segundo processo-crime por
corrupção que Manuel Chang enfrenta, dado que é também alvo de um pedido de
extradição pelas autoridades moçambicanas, no âmbito de um processo autónomo,
pelo seu alegado envolvimento no caso das “Dívidas não declaradas”.
A investigação no centro da acusação, de acordo com a Lusa,
está relacionada com alegados pagamentos indevidos efectuados pela construtora
brasileira Odebrecht ao antigo ministro das Finanças e a outros três arguidos,
incluindo o antigo ministro dos Transportes e Comunicações Paulo Zucula,
refere-se na nota do Ministério Público.
Detido na África do Sul desde Dezembro de 2018, onde espera ser extraditado para os Estados Unidos para responder a crimes relacionados com as chamadas "dívidas ocultas", Manuel Chang é agora acusado no seu país pelos crimes de corrupção passiva para acto ilícito, participação económica em negócio, abuso de cargo ou função e branqueamento de capitais.
Segundo um comunicado de imprensa do GCCC emitido nesta segunda-feira, 28, Chang e outro ex-ministro e mais duas pessoas, cujos nomes não foram revelados, receberam pagamentos indevidos da construtora brasileira Odebrecht para facilitar projectos em Nacala e Beira, províncias de Nampula e Sofala, respectivamente, “no âmbito do projecto de infra estruturação e implementação da Zona Franca Industrial de Nacala e na construção do Terminal de Carvão na cidade da Beira".
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