O Presidente do Brasil decretou a intervenção federal na área de Segurança Pública de Brasília e disse que todos os responsáveis pelas invasões das sedes dos poderes Executivo, legislativo e judiciário serão punidos.
"Nós achamos que houve falta de segurança e quero dizer que todas as pessoas que fizeram isto serão encontradas e serão punidas", afirmou o Presidente brasileiro numa declaração aos ‘media’, tendo lido um decreto de intervenção do poder central na Segurança Pública do Distrito Federal (Brasília) até 31 de janeiro.
Esta decisão permite a intervenção do poder central
(federal) em Brasília, retirando poderes ao governo local. Lula da Silva também
afirmou que os 'bolsonaristas' que atacaram prédios públicos em Brasília
serão encontrados e punidos.
"A democracia garante o direito de livre expressão, mas
também exige que as pessoas respeitem as instituições. Não tem precedente na
história do país o que fizeram hoje. Por isso devem ser punidos",
declarou.
"E vamos descobrir quem são os financiadores de quem
foi a Brasília hoje, e todos eles pagarão com a força da lei",
acrescentou, referindo-se à suspeita de que os atos contra a sua eleição em
outubro do ano passado são financiados.
No decreto assinado e divulgado pelo Presidente brasileiro lê-se que a intervenção na área de segurança Pública do Distrito Federal tem como objetivo conter “grave comprometimento da ordem publicano Estado do Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos.”
Foi nomeado como interventor Ricardo Garcia Cappelli,
secretário executivo do Ministério da Justiça.
Lula da Silva reúne-se de emergência com os seus ministros
Lula da Silva, que se encontra em Araraquara, São Paulo,
realizou uma reunião por videoconferência com os ministros da Defesa, José
Mucio Monteiro, da Justiça, Flavio Dino, e das Relações Institucionais,
Alexandre Padilha.
O Presidente viajou para São Paulo para ver com os seus
próprios olhos os danos causados na semana passada pelas fortes chuvas, que
mataram seis pessoas.
O chefe de Estado tinha convocado uma conferência de
imprensa, mas esta foi cancelada após notícias de que apoiantes pró-Bolsonaro
tinham entrado no edifício do Congresso. Lula está acompanhado pelos ministros
do Trabalho, Luiz Marinho, Cidades, Jader Filho, e do Desenvolvimento Nacional,
Waldez Góes.
Centenas de apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair
Bolsonaro invadiram e vandalizaram hoje o Congresso Nacional, o Palácio do
Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), sedes do poder legislativo,
executivo e judiciário, numa manifestação em que pedem uma intervenção militar
para derrubar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após a sua
tomada de posse.
Os manifestantes avançaram e furaram as barreiras montadas
pela polícia, com imagens dos invasores dentro do salão verde do Congresso,
dentro e fora do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), a
serem divulgadas nas redes sociais.
A polícia brasileira usou gás lacrimogéneo para tentar, sem
sucesso, travar os manifestantes.
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