A Mulher de cerca de 60 anos foi baleada mortalmente na quinta-feira (12.01) num salão de beleza em Maputo. A Polícia da República de Moçambique (PRM) e Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) apuram contornos do crime.
Homens armados entraram na quinta-feira (12.01) num salão de beleza, na capital moçambicana, e dispararam contra uma mulher de 60 anos."Um dos criminosos, que portava uma arma de fogo do tipo pistola, introduziu-se neste salão e efetuou na ocasião três disparos, alguns atingiram a cabeça desta senhora, o que foi determinante para a morte naquele local", disse Leonel Muchina, porta-voz da corporação de Maputo da Polícia da República de Moçambique (PRM).
Segundo a mesma fonte policial, a
vítima estava a ser seguida pelos criminosos.
Imagens partilhadas
Várias imagens do crime foram
divulgadas nas redes sociais. Alguns cidadãos especulam que se tenha tratado de
um ajuste de contas na esteira da onda
de raptos na cidade de Maputo. Mas a polícia não entra em conjeturas.
"Pensamos que, a esta
altura, os homens operativos com competência necessária estão no terreno. Já
está efetivamente em curso a busca de qualquer outra pista que seja conducente
ao esclarecimento deste caso", adiantou Leonel Muchina.
"Nós trabalhamos com informações oficiais e institucionais e é esta informação que decidimos partilhar. A partir da confirmação deste crime, o trabalho subsequente é aquele a que fiz menção: envidar esforços para o seu esclarecimento", acrescentou.
A PRM e o Serviço Nacional de
Investigação Criminal (SERNIC) dizem estar a trabalhar em conjunto para
esclarecer o caso.
"Vamos socorrer-nos
naturalmente pelas evidências que são as câmaras de videovigilância, que estão
à volta deste salão, que têm uma imagem privilegiada em relação a este
ponto", esclareceu ainda Leonel Muchina.
Atacantes a monte
Segundo uma testemunha ocular,
depois de dispararem contra a mulher, os homens armados abandonaram o local
"como se nada tivesse acontecido".
"Deram dois tiros, um na
nuca e um no peito, e ela morreu ali. Eles saíram, foram embora do salão nas
calmas. Entraram no carro e foram-se embora", relatou a testemunha que não
se quis identificar.
á esta semana, a ministra do
Interior moçambicana, Arsénia Massingue, desafiou o SERNIC a criar um centro de
formação para reforçar o combate ao crime organizado. "Para, por si,
moldar os quadros do setor aos desafios do momento", justificou.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique alertou em março de 2022 para a "infiltração de criminosos" na polícia.
O SERNIC admite mesmo o envolvimento
de funcionários de órgãos da administração da justiça na onda de raptos que
afeta Maputo há vários anos. Vários agentes da autoridade foram já acusados
do envolvimento em crimes de sequestro e extorsão.
No entanto, a ministra apelou à
vigilância contínua: "Saudamos e encorajamos os esforços empreendidos
pela nova direção do SERNIC na implementação de medidas com vista à purificação
das fileiras".
"Esta deve ser uma ação
permanente cada vez mais acutilante para que o crime organizado não logre
infiltrar-se no seio dos agentes do SERNIC", asseverou.
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