O grupo parlamentar da UNITA, principal partido da oposição angolana, exige a demissão do presidente do Tribunal Supremo, alvo nos últimos tempos de várias denúncias de suposta má gestão e corrupção.
O grupo parlamentar da UNITA exigiu esta terça-feira (07.02) a demissão do presidente do Tribunal Supremo. A posição foi expressa pelo líder do grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Liberty Chiaka, durante uma conferência de imprensa em que abordou a crise de confiança social nas instituições da justiça, órgãos de segurança e alguns departamentos ministeriais.
"Não se pode compreender, aceitar, que todos os meses
saem notícias envolvendo o presidente do Tribunal Supremo", disse o líder
parlamentar.
Segundo o deputado, compete à Procuradoria-Geral da República
apurar as denúncias tornadas públicas. "É o que estamos a exigir.
Infelizmente, há provas que são públicas de alegado favorecimento de familiares
direitos do senhor presidente do Tribunal Supremo", disse Chiaka, frisando
que não se pode "colocar o nome de pessoas acima dos interesses
nacionais".
"Um poder judicial independente"
O responsável disse ainda que "não faz bem à República
de Angola, não faz bem ao poder judicial, que o presidente do Tribunal Supremo,
que também é o presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ),
tenha o seu nome permanentemente ligado a escândalos de corrupção".
"Afasta investimentos, coloca em causa a credibilidade,
ela por si só já maculada, não faz bem a nós. Em defesa do bom nome do próprio
presidente do Tribunal Supremo colocava o lugar à disposição", salientou.
De acordo com o líder do grupo parlamentar da UNITA,
"esses casos não são de hoje nem de ontem", lembrando que há um
discurso público e oficial de combate à corrupção.
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