Após ataque armado à sua residência, o analista político Fransual Dias, dirigente do Partido de Renovação Social (PRS), apresentou hoje o pedido de demissão do cargo do membro do Conselho de Estado da Guiné-Bissau.
"É com muita mágoa que decidi apresentar o meu pedido
de demissão do cargo do membro do Conselho de Estado", escreve Fransual
Dias na sua página no Facebook. Um pedido dirigido ao Presidente da
Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.
Na madrugada da passada sexta-feira (05.05), indivíduos
armados atacaram a tiro a residência de Fransual
Dias e uma viatura do analista foi incendiada em frente à sua casa.
O ataque aconteceu
depois de vários casos em que as vítimas foram órgãos de comunicação social,
jornalistas e até líderes políticos.
Na altura, Fransual Dias responsabilizou a Presidência da
República pelo ataque à sua residência. A DW África contactou a entidade
visada, mas não foi possível obter uma reação a esta acusação.
"Tendo chegado ao ponto de mandar homens armados para me atacar em minha própria residência, com vários tiros dirigidos ao portão e à parede, cujos sinais são visíveis, não restam mais condições para eu me continuar a vergar ao título de membro do Conselho de Estado perante este humilde e inteligente povo", escreve o dirigente do PRS.
Demissão "irrevogável"
Este pedido de demissão "é irrevogável", sublinha
ainda Fransual Dias, que diz ter "resistido contra ventos e marés, apesar
do cúmulo de tristonhos de desgovernação sucessiva".
Entretanto, o dirigente do PRS já retomou a campanha
pré-eleitoral para as próximas eleições legislativas de 4 de junho.
O presidente em exercício do PRS, Fernando Dias, ainda
espera uma reação da comunidade internacional "à tentativa de assassinato
de um indivíduo na sua residência". E também disse que não irá aceitar o
adiamento das eleições.
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