Depois do motim no sábado, o Presidente russo, Vladimir
Putin, propõe aos mercenários do grupo Wagner que se juntem ao Exército ou
deixem o país e partam para a Bielorrússia.
Num discurso à nação, o Presidente russo, Vladimir Putin,
agradeceu aos mercenários do grupo Wagner por terem cancelado o motim
no sábado (24.06), evitando um derramamento de sangue.
"Agora, têm a possibilidade de continuar a servir a
Rússia, assinando um contrato com o Ministério da Defesa e outras agências de
segurança, ou regressar às vossas famílias e entes queridos. Quem quiser, pode
ir para a Bielorrússia", acrescentou o chefe de Estado russo no discurso
televisivo.
A Bielorrússia já começou a construir acampamentos para
acomodar os mercenários do grupo Wagner, noticiou o portal de investigação
Verstka. Um dos acampamentos ficará perto da cidade de Asipovichy, tendo
capacidade para oito mil camas.
Putin: "Qualquer chantagem está destinada ao
fracasso"
Esta segunda-feira, o chefe do grupo Wagner, Yevgeny
Prigozhin, esclareceu numa mensagem
de áudio que a intenção da "rebelião" de sábado era proteger
o grupo paramilitar, depois de cerca de 30 mercenários terem sido mortos em
confrontos com o Exército russo.
A intenção não era fazer um golpe de Estado contra Putin,
frisou Prigozhin.
O Presidente russo avisou, no discurso à nação, esta noite,
que "qualquer chantagem, quaisquer tentativas de organizar tumultos
internos, estão destinadas ao fracasso". Elogiou ainda os russos pelo seu
"patriotismo" e unidade.
"Agradeço a todos os soldados e funcionários do serviço
de inteligência que se puseram no caminho dos amotinados", disse Putin,
acrescentando que fez o possível para evitar um derramamento de sangue.
"Para isso, era preciso tempo", afirmou o
Presidente russo. "O motim armado teria sido reprimido dessa forma."
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