Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, conversou ao telefone com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ucrânia e Rússia acusam-se de planear ataque na central nuclear de Zaporíjia.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prometeu
ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que vai continuar a contribuir para
a "busca de uma solução justa e pacífica para o conflito na Ucrânia".
Em informação divulgada na sua página oficial na rede social Facebook, Umaro Sissoco Embaló informou que conversou ao telefone com o Presidente ucraniano.
Sissoco Embaló realizou uma visita à Ucrânia, em outubro
passado, a primeira de um chefe de Estado africano ao país, na qualidade de
presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO). Antes, o Presidente guineense tinha estado na Rússia.
Central nuclear de Zaporíjia em risco?
A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente de estar a planear
um ataque ou provocações na central nuclear de Zaporíjia, no sul da
Ucrânia.
Esta quarta-feira (05.07), a Agência Internacional de
Energia Atómica (AIEA) exigiu ter acesso a todos os edifícios da central
nuclear ucraniana, ocupada por tropas russas, para "confirmar a ausência
de minas ou explosivos no local".
"À medida que a tensão e a atividade militar aumentam
na região, os nossos especialistas devem ser capazes de verificar os factos no
terreno", disse Rafael Grossi, diretor-geral da organização da ONU, em
comunicado.
Nas últimas semanas, os funcionários da AIEA no local
inspecionaram vários locais "sem observar vestígios de minas ou explosivos
até agora". Mas o órgão da ONU não conseguiu ter acesso aos telhados das
instalações que abrigam os reatores 3 e 4 ou mesmo algumas áreas do sistema de
arrefecimento da central.
A Ucrânia acusa Moscovo de preparar uma
"provocação" no local. Segundo o Exército ucraniano, "objectos
semelhantes a artefactos explosivos" foram colocados pelas tropas russas
nos telhados em questão.
"A sua detonação não deve danificar os geradores, mas dar a impressão de bombardeamentos do lado ucraniano", continuou o Exército.
"Consequências catastróficas"
O Kremlin, por seu lado, alertou hoje para a possibilidade
de as forças ucranianas poderem desencadear um "ato subversivo" com
"consequências catastróficas" na central nuclear.
"A situação é muito tensa porque o risco de um ato
subversivo por parte do regime de Kiev é muito elevado", disse o porta-voz
da Presidência russa, Dmitri Peskov, aos jornalistas.
Moscovo afirma que Kiev planeia fazer uso de "armas de
precisão de longo alcance" e 'drones' contra a central.
Explosão em tribunal de Kiev
O ministro do Interior da Ucrânia, Igor Klymenko, disse
esta quarta-feira que a polícia da capital, Kiev, recebeu relatos de uma
explosão num tribunal distrital.
"Equipas de investigação da polícia, forças especiais,
especialistas em explosivos e outros serviços necessários chegaram ao
local", afirmou o ministro em comunicado.
Não houve relatos imediatos de vítimas por parte das
autoridades.
De acordo com informações preliminares, avançadas pelo
ministro, a explosão do dispositivo não identificado foi
provocada por um homem que alegadamente ia ser ouvido numa audiência.
Klymenko pediu aos moradores da capital que não se
aproximem do local e permitam que os socorristas realizem o seu trabalho.
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