As Forças de Defesa de Moçambique anunciaram a morte de um dos supostos líderes dos grupos terroristas e de outras 13 pessoas durante confrontos no domingo em Cabo Delgado, no âmbito de uma nova operação Vulcão IV.
As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) anunciaram a morte de um dos supostos líderes dos grupos terroristas e de outras 13 pessoas durante confrontos no domingo em Cabo Delgado, província aterrorizada por ataques armados há cinco anos.
O homem, identificado por Abu Fadila, foi abatido em Nguida,
no distrito de Muidumbe, em confrontos que decorreram até terça-feira, no
âmbito de uma nova operação, designada Vulcão
IV, lançada na última semana, refere-se num comunicado citado hoje pelo
diário Notícias.
"As Forças Armadas de Defesa de Moçambique reafirmam a
sua determinação perene na luta contra ações terroristas na região norte de
Moçambique", refere-se na nota.
Segundo o documento, dois militares morreram e quatro
ficaram feridos, dos quais dois estão fora do perigo, em operações
desencadeadas nos distritos de Muidumbe e Macomia, regiões onde se registam
incursões nos últimos dias e as autoridades locais acreditam ser da autoria dos
grupos rebeldes.
Apoio estrangeiro
A operação Vulcão IV conta com a ajuda das forças estrangeiras
que apoiam Moçambique no combate contra o terrorismo e visa "intensificar
medidas de perseguição e destruição das bases terroristas do inimigo que
aterroriza o norte do rio Messalo, distrito de Muidumbe, e o ocidente de Chai,
no distrito de Macomia", segundo o Ministério da Defesa de Moçambique.
A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma
insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado
Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de
2021 com apoio
do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC),
libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de
ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o
Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de
4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
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