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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Rússia substitui comandante das suas tropas na Ucrânia

Em comunicado, o Ministério da Defesa russo diz que a nomeação de Valeri Guerasimov se deve ao "alargamento das missões" a cumprir e à necessidade de "maior interação" entre as componentes do exército.


A Rússia substituiu, esta quarta-feira (11.01), o comandante das suas forças na Ucrânia, general , pelo atual chefe do Estado Maior Exército, Valeri Guerasimov.

Em comunicado, o Ministério da Defesa russo, considerou que a nomeação de Guerasimov é explicada por um "alargamento das missões" a cumprir e pela necessidade de "maior interação" entre as componentes do exército.

"O aumento do nível de comando da operação especial [na Ucrânia] está ligado a um alargamento do âmbito das missões a realizar, à necessidade de uma maior interação entre os componentes das forças armadas", declarou o Ministério.

Valeri Guerasimov, 67 anos, terá como adjuntos os generais Sergei Surovikin, Oleg Salioukov e Alexei Kim.


Surovikin tinha sido nomeado comandante das tropas na Ucrânia em outubro para corrigir a situação do exército russo, que sofria reveses diante das ofensivas ucranianas nas regiões de Kharkiv (nordeste) e Kherson (sul).

Foi Sergei Surovikin em particular quem propôs e organizou a retirada das forças russas da cidade de Kherson no início de novembro, um grande revés para o Kremlin.

Desde então, as frentes de combate estabilizaram-se de forma geral, exceto na área de Bakhmut, na região de Donetsk (leste), cidade que o exército russo e o grupo paramilitar Wagner tentam há meses conquistar, apesar da forte resistência ucraniana.

Diante as dificuldades no terreno, o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a mobilização de 300.000 reservistas e uma campanha de destruição das infraestruturas energéticas ucranianas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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