EUA e aliados reúnem-se esta sexta-feira na base militar americana de Ramstein, na Alemanha, para discutir mais apoio militar à Ucrânia. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, volta a pedir envio de tanques.
O Presidente ucraniano espera
"decisões poderosas" por parte dos aliados ocidentais, lembrando que
vê como principal tarefa fortalecer a defesa para combater a invasão russa.
"Um dos elementos mais importantes são os tanques ocidentais modernos que estamos negociando com nossos parceiros. E agradeço a todos que já tomaram as decisões apropriadas", disse Volodymyr Zelensky, que pediu novamente a Berlim para permitir o fornecimento dos Leopard 2.
"Podem continuar a falar
sobre isso durante seis meses, mas todos os dias morrem pessoas no meu
país", disse o líder ucraniano, numa entrevista à televisão pública alemã
ARD.
Enquanto o Grupo de Contato da
Ucrânia se prepara para o crucial encontro, que acontece esta sexta-feira
(20.01), na Alemanha, e reúne oficiais de cerca de 50 países - sendo decisiva
para a próxima etapa da guerra com a Rússia - a NATO parece estar pronta para
atualizar as entregas de armas à Ucrânia.
"Se queremos uma solução
pacífica negociada para a guerra na Ucrânia, precisamos fornecer apoio militar
à Ucrânia. Essa é a única maneira: armas", disse o secretário-geral da
NATO, Jens Stoltenberg.
Mais tanques alemães
No centro dos debates esta sexta-feira
deverá estar a controversa entrega dos tanques de batalha alemães Leopard.
O chancelar da Alemanha, Olaf Scholz está sob pressão crescente na Europa para autorizar a entrega destes tanques de fabrico alemão, além da ajuda militar até aqui fornecida ao país em guerra.
No Fórum Económico Mundial, esta semana, em Davos, na Suíça, Scholz
mostrou-se disposto a fornecer tanques Leopard 2 – mas somente se os EUA também
enviassem os seus principais tanques de batalha "Abrams" para a
Ucrânia.
Organizações não-governamentais
(ONG) ucranianas reforçaram o pedido de que os países ocidentais forneçam à
Ucrânia tanques modernos.
Entretanto, o Pentágono afastou a
possibilidade de envio dos tanques pesados, respondendo à solicitação da
Alemanha.
No final de um encontro dos
dirigentes militares da NATO, em Bruxelas, o general norte-americano
Christopher Cavoli afirmou que esta não é uma "solução milagrosa".
Por outro lado, o Pentágono
divulgou esta quinta-feira (19.01) uma nova longa lista de suprimentos à
Ucrânia, no valor de 2,5 mil milhões de dólares, incluindo veículos de combate,
porta-aviões blindados, sistema de defesa aérea e dezenas de milhares de
foguetes e artilharia para ajudar as forças ucranianas.
Também o Reino Unido, Dinamarca e
a Suécia prometeram envio de armamento.
Já o Conselho de Segurança da
Rússia alertou ontem contra o envio de armamento pesado à Ucrânia e afirmou que
a derrota russa na guerra poderia provocar um conflito nuclear.
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