Mulheres representam menos de 20% das listas às autárquicas
Com as
autárquicas à porta, analistas lamentam a falta de representatividade feminina.
Mulheres representam menos de 20% das listas. Webinário da CEIM coloca
igualdade de género no centro da análise eleitoral.
Moçambique prepara-se para as eleições autárquicas, agendadas para 11 de outubro. No painel, formado por diferentes analistas e ativistas, a igualdade de género na política moçambicana foi o tema de maior destaque. A ativista Benilde Nhalevilo lamenta que "os partidos não coloquem mais mulheres nas listas" destas eleições.
Nhalevilo
constata a baixa percentagem de representatividade do sexo feminino – menos de
20% – nos partidos do país. Contudo, a ativista deixa claro que para si
"a representatividade vai muito para além dos números".
"Concordo
que haja quotas, mas também defendo que as mulheres que estejam a representar
carreguem uma perspetiva de género", sublinha.
No webinário
sobre competitividade, género e transparência no registo dos concorrentes,
organizado pelo Consórcio Eleitoral Integridade Mais (CEIM), Benilde
Nhavelino fala numa "agenda das mulheres". Explica que, na sua
opinião, a representatividade na política não passa por indicar uma mulher
qualquer e que "é importante que as mulheres que são indicadas para estas
posições-chave sejam mulheres que de facto carreguem a agenda das
mulheres".
Durante o debate
online, a ouvir os conselhos da ativista estava o porta-voz da Comissão
Nacional de Eleições (CNE), Paulo Cuinica. Na ótica da representatividade,
Cuinica afirmou que "em termos de lei, pessoalmente, e nos órgãos
eleitorais nós achamos que seria muito bom, essa obrigatoriedade de zebra, em
que tivéssemos mulher, homem, mulher, homem, etc.".
Apesar de se
mostrar recetivo à famosa técnica zebra – utilizada como um sistema de quotas
para a representatividade na política – o porta-voz do CNE explica que o
CNE não tem poder de legislar.
Moçambique
prepara-se para as eleições autárquicas, agendadas para 11 de outubro. No
painel, formado por diferentes analistas e ativistas, a igualdade de género na
política moçambicana foi o tema de maior destaque. A ativista Benilde Nhalevilo
lamenta que "os
partidos não coloquem mais mulheres nas listas" destas eleições.
Nhalevilo
constata a baixa percentagem de representatividade do sexo feminino – menos de
20% – nos partidos do país. Contudo, a ativista deixa claro que para si
"a representatividade vai muito para além dos números".
"Concordo
que haja quotas, mas também defendo que as mulheres que estejam a representar
carreguem uma perspetiva de género", sublinha.
No webinário
sobre competitividade, género e transparência no registo dos concorrentes,
organizado pelo Consórcio Eleitoral Integridade Mais (CEIM), Benilde
Nhavelino fala numa "agenda das mulheres". Explica que, na sua
opinião, a representatividade na política não passa por indicar uma mulher
qualquer e que "é importante que as mulheres que são indicadas para estas
posições-chave sejam mulheres que de facto carreguem a agenda das
mulheres".
Durante o debate
online, a ouvir os conselhos da ativista estava o porta-voz da Comissão
Nacional de Eleições (CNE), Paulo Cuinica. Na ótica da representatividade,
Cuinica afirmou que "em termos de lei, pessoalmente, e nos órgãos eleitorais
nós achamos que seria muito bom, essa obrigatoriedade de zebra, em que
tivéssemos mulher, homem, mulher, homem, etc.".
Apesar de se
mostrar recetivo à famosa técnica zebra – utilizada como um sistema de quotas
para a representatividade na política – o porta-voz do CNE explica que o
CNE não tem poder de legislar.
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