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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Mulheres representam menos de 20% das listas às autárquicas

Mulheres representam menos de 20% das listas às autárquicas

 

Com as autárquicas à porta, analistas lamentam a falta de representatividade feminina. Mulheres representam menos de 20% das listas. Webinário da CEIM coloca igualdade de género no centro da análise eleitoral.

Moçambique prepara-se para as eleições autárquicas, agendadas para 11 de outubro. No painel, formado por diferentes analistas e ativistas, a igualdade de género na política moçambicana foi o tema de maior destaque. A ativista Benilde Nhalevilo lamenta que "os partidos não coloquem mais mulheres nas listas" destas eleições. 

Nhalevilo constata a baixa percentagem de representatividade do sexo feminino – menos de 20% – nos partidos do país. Contudo, a ativista deixa claro que para si "a representatividade vai muito para além dos números".

"Concordo que haja quotas, mas também defendo que as mulheres que estejam a representar carreguem uma perspetiva de género", sublinha. 

No webinário sobre competitividade, género e transparência no registo dos concorrentes, organizado pelo Consórcio Eleitoral Integridade Mais (CEIM), Benilde Nhavelino fala numa "agenda das mulheres". Explica que, na sua opinião, a representatividade na política não passa por indicar uma mulher qualquer e que "é importante que as mulheres que são indicadas para estas posições-chave sejam mulheres que de facto carreguem a agenda das mulheres".



Durante o debate online, a ouvir os conselhos da ativista estava o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Paulo Cuinica. Na ótica da representatividade, Cuinica afirmou que "em termos de lei, pessoalmente, e nos órgãos eleitorais nós achamos que seria muito bom, essa obrigatoriedade de zebra, em que tivéssemos mulher, homem, mulher, homem, etc.".

Apesar de se mostrar recetivo à famosa técnica zebra – utilizada como um sistema de quotas para a representatividade na política – o porta-voz do CNE explica que o CNE não tem poder de legislar.

Moçambique prepara-se para as eleições autárquicas, agendadas para 11 de outubro. No painel, formado por diferentes analistas e ativistas, a igualdade de género na política moçambicana foi o tema de maior destaque. A ativista Benilde Nhalevilo lamenta que "os partidos não coloquem mais mulheres nas listas" destas eleições. 

Nhalevilo constata a baixa percentagem de representatividade do sexo feminino – menos de 20% – nos partidos do país. Contudo, a ativista deixa claro que para si "a representatividade vai muito para além dos números".

"Concordo que haja quotas, mas também defendo que as mulheres que estejam a representar carreguem uma perspetiva de género", sublinha. 

No webinário sobre competitividade, género e transparência no registo dos concorrentes, organizado pelo Consórcio Eleitoral Integridade Mais (CEIM), Benilde Nhavelino fala numa "agenda das mulheres". Explica que, na sua opinião, a representatividade na política não passa por indicar uma mulher qualquer e que "é importante que as mulheres que são indicadas para estas posições-chave sejam mulheres que de facto carreguem a agenda das mulheres".

Durante o debate online, a ouvir os conselhos da ativista estava o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Paulo Cuinica. Na ótica da representatividade, Cuinica afirmou que "em termos de lei, pessoalmente, e nos órgãos eleitorais nós achamos que seria muito bom, essa obrigatoriedade de zebra, em que tivéssemos mulher, homem, mulher, homem, etc.".

Apesar de se mostrar recetivo à famosa técnica zebra – utilizada como um sistema de quotas para a representatividade na política – o porta-voz do CNE explica que o CNE não tem poder de legislar.

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