Petrolífera italiana Eni anunciou a sua Intenção de aumentar o investimento na produção de gás em Moçambique
Guido Brusco, diretor de operações de Recursos Naturais da petrolífera italiana Eni, admitiu esta quarta-feira, a possibilidade da ativação de uma segunda plataforma de produção de gás liquefeito ao largo de Moçambique, assunto discutido com o Governo Moçambicano.
"Existem oportunidades para aumentar a
oferta no curto prazo, incluindo a possibilidade de replicar o sucesso do
projeto Coral Sul com um novo desenvolvimento de FLNG ('Floating Liquified
Natural Gas')", ou seja, uma plataforma como a que este mês começou a
exportar gás da Bacia do Rovuma.
Além de "desenvolvimentos 'Onshore'" que têm sido adiados devido à Guerra Armada na província de Cabo Delgado, afirmou o diretor de operações de Recursos Naturais da petrolífera italiana Eni Guido Brusco.
Filipe Nyusi visitou esta quarta-feira a infraestrutura que desde o início do ano ficou estacionada a 40 quilómetros da costa moçambicana e que há 10 dias começou a exportar gás liquefeito.
Filipe Nyusi confirma conversações!
Apesar de a hipótese de uma segunda plataforma já ser ventilada há cerca de um ano, a declaração do dirigente da Eni realça a importância e oportunidade do investimento.
"O que está claro é que precisamos de
agir rapidamente. Tudo está pronto para atingir essa meta, temos reservas
comprovadas, tecnologia comprovada, equipe forte e comprometida, histórico de
entrega alcançado com a plataforma Coral Sul e apoio do Governo", destacou
Guido Brusco.
"Continuaremos trabalhando em estreita
colaboração com os parceiros e o Governo de Moçambique para avaliar todas as opções possíveis
para desenvolvimentos adicionais", concluiu.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi,
confirmou as conversações e destacou a importância de novos desenvolvimentos
para rentabilizar as reservas de gás do Rovuma, que estão entre as maiores do
mundo, num momento em que a procura mundial cresceu.
A plataforma Coral Sul operada pela
petrolífera italiana Eni em nome do consórcio da Área 4 de Moçambique vai
produzir 3,4 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) por ano para
a BP (que comprou a produção por 20 anos).
O primeiro navio cargueiro de exportação
foi carregado com GNL moçambicano em 13 de novembro.
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